Olá Doutor, tudo bem?
Irei lhe propor uma reflexão:
Em Barão de Cocais-MG, uma médica formada há 9 anos e que trabalha na saúde pública recebe estarrecida a notícia: o salário do médico na unidade básica de saúde vai baixar de R$ 15.350,00 para R$ 10.400,00 (bruto) a partir de agora.
Há 115 quilômetros em Vespasiano, uma acadêmica ingressa na faculdade de medicina com o sonho de ter uma vida próspera, o valor mensal da faculdade: R$ 8.270,00.
Você sabe o que elas têm em comum?
Uma ganha líquido trabalhando todos os dias, quarenta horas na semana, o mesmo que a outra investe para se formar.
Se tudo ocorrer como nos últimos anos e a desvalorização seguir o mesmo ritmo, certamente, a jovem acadêmica irá demorar uma ou duas décadas para reaver apenas o valor investido em sua formação.
A conta dos acadêmicos não vai fechar!
Se você já percebeu que o mercado da medicina já não é tão próspero quanto era no passado, deixa eu lhe informar alguns dados que irão lhe estarrecer ainda mais.
Concorrência
No passado praticamente não havia concorrência. Existiam poucos especialistas em cada região e o paciente não tinha praticamente escolha, bastava ele acreditar na indicação e procurar o médico.
Atualmente o cenário mudou! Nunca se formou tanto médico como hoje.
Já são mais de 470 mil médicos formados competindo palmo a palmo por espaço no competitivo mercado da medicina. (fonte: portal.cfm.org.br)
A perspectiva é que em meados de 2020 o Brasil tenha MEIO MILHÃO de médicos com diploma na mão em busca de vaga no mercado.
E a lei do mercado é implacável: a lei da oferta e da procura.
Muitos médicos competindo por espaço significa: mão de obra especializada cada vez mais barata nas mãos dos agentes do estado, da saúde suplementar e dos grandes hospitais!
É claro que o médico com anos de profissão e com uma carreira e clientela sólidas não irá sofrer esses efeitos quanto os recém formados.
Mas, mesmo os mais experientes sabem que o mercado mudou.
Portanto, afirmar que a bolha da medicina vai estourar é factível, e quem não enxergar esse processo ficará para trás.
Veja bem alguns dados:
- O Brasil passou de 138 para 336 faculdades de medicina nos últimos 30 anos;
- As faculdades de medicina formam mais de 26 mil médicos anualmente;
- O número de médicos brasileiros formados em outros países e que retornam ao Brasil para exercer a medicina aumentou em 430% nos últimos 10 anos;
- A jornada de trabalho média na medicina passou de 49 para 52 horas semanais.
Em outras palavras, nunca o médico precisou trabalhar tanto, para ganhar cada vez menos.
Por esse motivo, você tem que se diferenciar da concorrência.
Além da prática de uma boa medicina, que é uma obrigação de todo especialista, a procura de médicos pelo marketing tem crescido muito nos últimos anos.
Eu como pioneiro na área, tenho ajudado a centenas de colegas com os meus cursos e palestras.
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*Doutor, gostaria de ouvir você.
Por favor, responda abaixo:
Na sua opinião, como o médico brasileiro deve se preparar para fugir da crise quando a bolha estourar?
Aguardo a sua opinião e obrigado,
Vitor Jaci – Especialista em Marketing Médico