Olá Doutor, tudo bem?
Quanto o paciente está disposto a pagar por seus serviços médicos?
Hoje irei lhe contar sobre um experimento social realizado para verificar o quanto os consumidores valorizam e pagam por serviços.
Eu acredito que o resultado desse experimento faça sentido para você.
Experimento:
Cientistas sociais selecionaram pessoas de diferentes idades, gêneros, classe social e hábitos de consumo para descobrir:
Quanto os clientes estão dispostos a pagar pelo serviço?
O que é um preço considerado caro?
O que é um preço considerado justo?
Para realizar o experimento, eles solicitaram aos participantes para chamar chaveiros para abrir uma porta que estava trancada e com a fechadura emperrada.
No final, o participante deveria precificar o serviço de cada um dos chaveiros.
Na verdade, os dois chaveiros chamados pelos participantes eram atores e cada um precisava atuar de uma maneira:
Chaveiro A: Se vender como profissional experiente, ágil e abrir a porta em dois minutos. Ele chegou até a residência, verificou com um toque o que acontecia, tirou uma chave do bolso e realizou o serviço.
Chaveiro B: Se vender como um profissional detalhista e cuidadoso e abrir a porta depois de vinte minutos. Ele chegou até a residência, perguntou o que havia acontecido, foi até o carro, pegou três ferramentas, analisou o caso com as ferramentas, explicou ao cliente o que poderia ser e o que ele deveria fazer, voltou ao carro, trouxe uma chave e realizou o serviço.
Essa foi a experiência: Dois chaveiros, e praticamente, o mesmo serviço prestado.
No final, o cliente deveria informar o quanto ele estaria disposto a pagar por cada um dos dois serviços?!
Na média, os participantes do experimento estavam disposto a pagar:
Chaveiro A: R$ 60,00
Chaveiro B: R$ 150,00
O resultado foi surpreendente, por mais que o trabalho dos dois chaveiros tenha sido o mesmo: abrir a porta.
Interessante! Os dois chaveiros obtiveram praticamente os mesmos resultados, mesmo assim, não geraram o mesmo valor.
Os clientes estavam dispostos a pagar quase três vezes mais para o chaveiro B, aquele que “demorou” dez vezes mais para realizar o serviço, mas que por outro lado, pareceu ser detalhista e gerou valor percebido no serviço durante todo o processo.
Ao justificar as suas respostas, os participantes diziam:
“O chaveiro A fez o trabalho tão rápido, foi muito fácil, qualquer um poderia fazer. Já o chaveiro B, informou quais seriam as hipóteses, que caso fosse algo mais grave era melhor resolver agora do que ter dores de cabeça no futuro e ele trabalhou duro para descobrir qual era o problema e consertá-lo.”
O que isso quer dizer para você que é médico?
Com os anos de estudo, e principalmente, com os anos de experiência na profissão, muitas vezes o médico sabe de imediato qual medicamento ele deve receitar, qual tratamento ele deve indicar ou como fazer determinado procedimento, seja cirúrgico ou não.
Afinal, a prática leva à perfeição?! Talvez não a perfeição, mas corta caminhos, certo?
Geralmente, o médico sabe “qual parafuso deve ser apertado” e isso é o que valoriza a profissão. Enquanto os não médicos possivelmente demorariam horas ou anos, um médico pode em pouco tempo resolver um problema, algumas vezes vital.
Porém, a questão aqui não é qual parafuso deve ser apertado (serviço prestado) e sim, como apertá-lo para que o paciente pague um preço que ele julga ser justo pelo serviço.
Por mais que muitas vezes seja “fácil” e rápido realizar o serviço, o procedimento, o tratamento etc … o paciente valoriza mais aqueles médicos que geram valor.
O que é gerar valor ao paciente?
Além de atender o paciente de forma humanizada, o médico pode gerar valor aos seus serviços ao mostrar o quanto está empenhado em resolver aquele problema.
E, se é um problema, ele precisa entender a causa, pois assim ele compreenderá o quanto é valioso o trabalho do médico.
Ouvir com atenção, explicar o processo, as possibilidades, as variáveis e o modo operandis do serviço, além de ser justo com o paciente, é uma forma de ele notar o esforço despendido.
É muito comum ouvir de pacientes as seguintes frases:
“O médico é ruim, ele nem tocou em mim.”
“Nunca mais eu piso nesse consultório, médico nem me escutou.”
Na verdade, essa é a maneira do paciente dizer: eu não valorizo o seu trabalho.
O Tema de precificação de serviços médicos é muito complexo, afinal, são muitas as variáveis que o paciente pode se apegar na hora de avaliar. O ideal, é proporcionar uma experiência completa para ele, sem falhas nas etapas que compõe a jornada do paciente.
Já sabemos que além das técnicas de marketing, humanizar o atendimento é vital para o médico moderno satisfazer os seus pacientes.
Em um mundo ideal, os clientes (pacientes) compram soluções rápidas, mas, no nosso mundo real, eles compram experiências.
Afinal …
O paciente não elogia o que você faz, e sim, como você faz!
Técnica “Visitante” para Satisfazer o Paciente no Primeiro Atendimento
Doutor, sucesso na sua carreira 🙂
Vitor Jaci