Olá Doutor, tudo bem?
Hoje vou lhe contar uma história que talvez você (médico) já tenha passado por algo semelhante.
Ela é sobre o dia em que a UPA baixou o salário da minha esposa.
Se você não sabe, eu sou casado com uma médica cirurgiã do aparelho digestivo.
Nós nos conhecemos na SBAD 2016 (Semana do Aparelho Digestivo), na qual, eu fui palestrante de marketing para um público de mais de cem médicos, cirurgiões, endoscopistas, gastroenterologistas etc.
Apesar de estar em uma palestra de marketing médico, ela não gostava de marketing e tinha certos bloqueios sobre o tema.
Para ela, cirurgião é bloco e ponto. Nunca um “paciente de vesícula” iria procurar um médico por conta de marketing. Então, o marketing era voltado apenas para dermatologistas e cirurgiões plásticos.
Como na residência um dos focos era a cirurgia bariátrica, eu tinha certeza que poderia ajudá-la no futuro, mas …
Depois de alguns meses tentando convencê-la, eu praticamente aceitei: em casa de ferreiro o espeto é de pau.
Apesar de milhares de médicos acreditarem no meu conhecimento por meio de cursos e assessorias, ela não queria nem ouvir falar sobre.
Em 2016, ela estava no quarto ano de residência. Havia feito dois anos de cirurgia geral e estava no último de dois anos de cirurgia do aparelho digestivo.
Como todos sabem, no R1 e no R2 era praticamente uma escrava da residência, mas, à partir do R3 ela tinha alguns dias vagos e com isso a possibilidade de procurar hospitais para plantões fixos, ou seja, finalmente, depois de oito anos, ela consegue se sustentar como médica.
Como todo jovem médico, a solução foi buscar hospitais públicos e UPAs para atender, e uma das primeiras portas que se abriram foi em uma UPA de Belo Horizonte.
Logo nos primeiros dias ela já havia percebido que na UPA o que não falta é trabalho. Absurdo, em alguns dias, mais de setenta pacientes atendidos em doze horas de plantão.
Plantões que desgastam não apenas o físico do médico, mas também o psicológico.
Um dia faltam recursos, no outro, não tem técnica para auxiliar, e às vezes, tem um paciente ríspido que se acha no direito de ofender a médica.
Em outras palavras, bastou três meses para ouvir a frase: “não vejo a hora de sair desse lugar para sempre.”
Depois de alguns meses, ela conseguiu plantão fixo em mais um hospital, depois em outro e quando terminou a residência foi convidada a continuar na equipe médica como cirurgiã, ou seja, as coisas estavam caminhando para uma jovem médica.
Mas, mesmo assim, ela não largava a UPA.
Infelizmente, a dificuldade de largar trabalho fixo é um comportamento, que em geral, o médico tem.
Talvez você já tenha passado por isso, e se lembre os dias ou os meses em que refletiu se valeria a pena ou não largar um plantão fixo.
Depois de um ano de trabalho na UPA e recebendo um valor por plantão considerado baixo para os padrões, o grupo de WhatsApp dos médicos que atendiam naquela UPA pipocava quase que diariamente a questão:
Quando o valor do plantão será finalmente reajustado?
Para a surpresa de todos, um belo dia (terça-feira) uma reunião foi convocada, tema: reajuste salarial.
Até que enfim, pensaram os médicos, iremos ter um aumento.
Engano, por conta de um escândalo de corrupção de um secretário da saúde, os médicos iriam pagar!
Naquele dia foi comunicado o novo valor do plantão.
Valor atual do plantão diurno: R$ 1090,00.
Novo valor atual do plantão diurno: R$ 950,00.
Isso mesmo, foram R$ 140,00 de decréscimo. Um total de quase 13% a menos nos recebimentos.
Se você multiplicar esse valor por quatro plantões no mês, são R$ 560,00 a menos no orçamento.
O reajuste foi ainda mais insólito para os plantões de final de semana, que passaram a ser pagos o valor de R$ 1.000,00 ao invés de R$ 1.200,00.
Quer ver um ser humano realmente furioso? Retire algum bem que ele julga ser seu direito.
Se existia uma vontade de abandonar aquele plantão, agora essa vontade era multiplicada por dez.
Uma vontade não só dela, mas de toda equipe médica.
Uns largaram o plantão de imediato, outros, sem alternativas, seguiam infelizes.
Naquele dia, eu prometi para mim que eu deveria ajudá-la de alguma maneira. Afinal, eu tenho um conhecimento valioso nas mãos: o marketing.
Mesmo com os seus receios quanto ao tema, eu não poderia mais vê-la naquela situação.
O primeiro passo que demos juntos foi o de procurar alternativas para não depender mais daquele sustento.
Depois de cinco meses do decréscimo ela decidiu dividir o plantão com uma colega, ou seja, ao invés de ser um compromisso semanal, passou a ser quinzenal.
Colocamos algumas estratégias de marketing em prática, todas elas voltadas a construção de uma marca pessoal forte.
A primeira delas: ser encontrada na internet por quem busca os seus serviços na região.
Como isso não acontece da noite pro dia, só depois de meses obtivemos algum resultado, ainda pequeno é claro, mas muito importante para nós: a primeira paciente bariátrica particular.
Como a minha esposa ainda não se sente tão segura, vai fazer em conjunto com o seu mestre, um médico com dezenas de anos de experiência.
Hoje, sinto prazer em lhes informar que ela não faz mais parte do corpo clínico daquela UPA.
Graças a mim? Claro que não! Graças as atitudes que ela resolveu colocar em prática.
A primeira delas foi tomar as rédeas de sua carreira e valorizar o seu trabalho.
Clique Aqui e conheça a Parábola da Valorização Médica
Espero que esse exemplo sirva de inspiração para você que está em um momento de dúvida na medicina.
Apenas você é capaz de valorizar os seus serviços e de construir uma carreira enriquecedora, em bens, e principalmente, em dignidade.
Espero que no futuro eu possa lhe dar mais notícias sobre essa jovem e talentosa médica que um dia teve o salário baixado pela UPA.
Se você é médico e já passou pela mesma situação, ou se está farto de trabalhar e não ser valorizado, clique aqui ou no link abaixo e saiba como eu posso lhe ajudar!
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Abraço e sucesso na sua carreira 🙂
Vitor Jaci – especialista em Marketing Médico